quarta-feira, 23 de junho de 2010

VI ENCONTRO Pró-Letramento - Morada Nova - Textos usados nas atividades

Versão recontada

Era o Curupira conversando com as árvores e
quando foi conversar com mais duas árvores
e falou mó. Quando disse ao vivo as três
árvores o Curupira e ele pensou em assustar
o caçador. Quando ele disse A, A, A, A e o
Curupira falou co i ele com seus dentes verde
saiu correndo gritando.

Texto produzido oralmente por um aluno da Educação Infantil, gravado e transcrito pela professora Regina.


Curupira

Versão lida para as crianças

Curupira estava andando distraidamente pela floresta, quando ouviu um barulho parecido com trovão que vinha do meio da clareira. Saiu correndo e começou a bater nas árvores pra que elas acordassem. Afinal, o Curupira sempre faz isso quando pressente chuva. Ele avisa as árvores para que elas resistam melhor ao mau tempo.
– Puxa! Vem aí um temporal daqueles! – exclamou o indiozinho dos pés voltados para trás.
– Acorda, Curupira! Hoje você está no mundo da lua! Isso não é chuva, ora não é. Isso é malvadeza do homem contra os animais, respondeu uma daquelas árvores que tem mais de cem anos de experiência.
Mas como nessa manhã o Curupira estava mais enamorado do que nunca pela beleza das flores e dos frutos, ele não percebeu que aquele estrondo não vinha do céu.
Ao ouvir essas palavras Curupira não se conteve e saiu em disparada. Afinal, se tem algo que ele não perdoa é alguém que maltrate os inofensivos habitantes da floresta.
A poucos metros dali, o Curupira viu uma cena que lhe cortou o coração. Um daqueles “valentes” caçadores estava escondido entre as árvores esperando mais uma de suas vítimas.
- Ho! Ho! Ho! Acho que é meu dia de sorte. Vou caçar essa onça lindona pra fazer um tapete com ela, disse o homem perverso.
- Isso é o que você pensa! Enquanto eu for o protetor das matas, homem com espingarda será mal recebido aqui.
Depois de dizer essas palavras, o Curupira saltou para o meio da clareira bem na frente do destruidor da natureza. E a única coisa que se pôde ouvir em toda a floresta foi o grito do Curupira:
- Iáááhhh!!! Caçador, saia daqui com ligeireza ou te transformo em sobremesa!
O caçador nem podia acreditar naquilo que seus olhos viam: o Curupira estava ali com seus cabelos da cor do fogo, todo arrepiado. E pulava de um lado para o outro, soltando assovios ensurdecedores por entre seus dentes verdes.
E assim o caçador foi logo aceitando o conselho do Curupira. Abandonou a espingarda e… pernas pra que te quero.
Dizem que ele está correndo até hoje!



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